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Corrupção e competitividade explicam a queda da produtividade brasileira

A perda de competitividade da economia brasileira nos últimos anos, como mostra o Relatório Mundial sobre competitividade produzido pelo IMD, é objeto de grande preocupação. Para pensarmos numa retomada das condições de competitividade da economia brasileira, é preciso compreendermos melhor o significado desse desempenho ruim.

A competitividade de uma economia é um conceito multidimensional que envolve diversos aspectos da sociedade brasileira: aspectos institucionais, infraestrutura, ambiente macroeconômico, eficiência nos mercados de bens, de trabalho e financeiro, capacidade de inovação, desenvolvimento tecnológico, entre outros.

Para a professora de economia e estratégia empresarial da Universidade Presbiteriana Mackenzie campus Campinas, Leila Pellegrino, “é verdade que os desequilíbrios macroeconômicos verificados no período recente contribuem de modo significativo para nossa perda de competividade. A inflação, o desequilíbrio das contas públicas e a desaceleração da economia contribuem em grande medida para essa piora dos indicadores de competitividade. Também são amplamente conhecidos os impactos da ineficiência do mercado de bens e do mercado de trabalho sobre a competitividade”.

Contudo, recentemente, o impacto do enfraquecimento das instituições públicas sobre a competitividade reforça a percepção generalizada na sociedade brasileira dos efeitos deletérios da corrupção. “A perda de confiança nas instituições públicas e nos políticos, os desvios e o desperdício de recursos públicos e da ineficiência da regulação pública, foram os grandes responsáveis pela piora dos indicadores de competitividade brasileiros no período recente”, afirma a especialista.

Fica uma certeza: para colocarmos o país na rota do desenvolvimento econômico é imperativo o enfretamento da corrupção em todas as instâncias e uma retomada da confiança nas instituições públicas.

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