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Filme “O Contador”: a superação dos limites

“O mundo não é um lugar sensorial amistoso, logo é preciso aprender a lidar com isto”, diz o pai de Christian Wolff, um militar de carreira, tentando salvar a vida do filho que tem Transtorno de Asperger – uma condição neurológica, caracterizada por dificuldades na interação social e na comunicação não verbal- o que o faz sofrer com ruídos altos, devido à sua sensibilidade super aguçada.

O pai recusa convites para matricular o filho em escolas especiais e, ele mesmo resolve determinar o destino do menino que passa sua infância sendo submetido a situações hostis e perigosas, nas quais precisa superar os seus limites, para demonstrar que é capaz de conquistar sua posição no mundo.

Na fase adulta Christian Wolff torna-se O Contador, “The Accountant” protagonizado pelo ator Ben Affleck em um dos seus melhores papeis, com direção de Gavin O’Connor e roteiro de Bill Dubuque. O filme foi o grande vencedor do fim de semana de 14 a 16 de outubro em sua estreia nos EUA, com US$ 24,7 milhões de bilheteria, e entrou em circuito nacional no dia 20 de outubro.

O “treinamento” da infância fez de Christian Wolff um excelente contador, graças às suas habilidades de concentração e inteligência para lidar com números, apesar de conservar suas características intrinsecamente antissociais. Monta uma empresa de Contabilidade, no sul de Chicago – EUA, e passa a atender algumas das organizações criminosas mais perigosas do mundo. Num dado momento, ele é contratado para vistoriar os livros contábeis de uma tradicional empresa do segmento de robótica, onde descobre uma fraude de milhões de dólares. Este fato coloca em risco sua vida e a da colega de trabalho Dana Cummings, representada pela atriz Anna Kendrick, com a qual desenvolve tímida afetividade.

Passam a ser perseguidos por criminosos de alta estirpe, contratados pelo dono da empresa, que lhe dão a oportunidade de colocar em prática os rigorosos treinamentos que assimilou do pai. Assim, Gavin O’Connor constrói um suspense intenso, de muita ação e violência, balanceado com cenas enternecedoras: como a do momento que ele fecha a porta para a felicidade que poderia ter com Dana, e a das crianças autistas, que sobrevivem graças ao patrocínio de empresas e pessoas “generosas”.

Um aprendizado, apesar das cenas fortes que devem agradar aos adeptos do gênero.

Lenilde Plá De León

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