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POR COSTABILE NICOLETTA
Domingos Orestes Chiomento, fundador e diretor da DOC Consultoria Integral de Negócios, enumera com orgulho três características que, em sua opinião, distinguem sua empresa no mercado de prestação de serviços contábeis ao longo de 48 anos de atividade, sempre no bairro paulistano da Mooca. São elas:
1 – Mesmo nos períodos mais difíceis da economia brasileira, nunca atrasou o salário de seus empregados.
2 – Jamais deixou de recolher em dia os impostos devidos pela própria DOC.
3 – Em hipótese alguma, perdeu o prazo para cumprir as obrigações acessórias de seus clientes.
Hoje, a DOC (sigla do nome de seu fundador) conta com 70 funcionários próprios e 16 terceirizados (para os serviços de limpeza e de transporte de documentos por motoqueiros). De 1965 até agora, cerca de mil pessoas já compuseram o quadro da companhia e contam-se nos dedos de uma só mão os processos trabalhistas em que a DOC foi ré, um bom modo de aferir a seriedade adotada na relação com as pessoas que lá trabalham.
Outra medida é o incentivo ao aperfeiçoamento profissional, por meio de uma universidade corporativa, em fase de instalação, em que os funcionários dedicam uma hora e meia, duas vezes por semana, durante o expediente, para atualizarem-se acerca dos procedimentos contábeis e administrativos, sob a orientação de especialistas nos temas.
Os cursos são ministrados no auditório instalado na sede da DOC, onde também são organizadas palestras para clientes sobre modificações na legislação (como a desoneração da folha salarial) e em procedimentos tecnológicos (como a obrigação da adoção da nota fiscal eletrônica).
Em numerosas situações, as palestras foram ampliadas, tanto em número de participantes quanto em termos de abrangência dos assuntos, a ponto de tornarem-se uma tradição e uma referência de encontros corporativos na Zona Leste paulistana. Foram palestrantes nesses eventos nomes como o do ex-ministro Antônio Delfim Netto, do empresário Ozires Silva e do requisitado conferencista sobre recursos humanos Roberto Shinyashiki (psiquiatra e doutor em Administração e Economia).
No início, os eventos comportavam 400 pessoas. Com o passar do tempo, chegaram a reunir 3 mil empresários da região no salão do Clube Atlético Juventus, um dos símbolos do bairro da Mooca, na Zona Leste da capital paulista, região onde moram 4 milhões de habitantes e cujo Produto Interno Bruto (PIB) movimenta 45 bilhões de reais, algo parecido com a situação demográfico-econômica do Uruguai.
O resultado de todos esses cuidados é a oferta de novos serviços à carteira de 330 clientes da DOC, metade deles ativa e, desta, 14 entidades beneméritas das quais Chiomento e seu sócio, Elcio Pereira da Silva, também diretor no escritório de contabilidade, fazem questão de não cobrar honorários.
Um desses novos serviços é a recuperação de créditos tributários. Ao analisar a escrituração fiscal de um cliente recém-chegado, a DOC constatou que poderia auxiliá-lo a receber de volta o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços que recolhera indevidamente durante um bom tempo. Como fornecedor de livros didáticos para escolas públicas, esse cliente é isento do ICMS.
São soluções simples para problemas a princípio complexos, postas em prática pelo escritório que Chiomento abriu quando estava com 25 anos de idade, ao mesmo tempo em que fazia a faculdade de ciências econômicas e sem perder as reminiscências da época em que estudava para ser técnico de contabilidade, alguns anos antes, e melhorou significativamente suas notas depois que começou a trabalhar numa empresa do ramo. “Foi aí que peguei o espírito da contabilidade”, diz o fundador da DOC.
Crédito das fotos que ilustram este texto: Paulo Prendes.
