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Perspectivas de contratação no segundo trimestre são as mais otimistas dos últimos dois anos

A expectativa de contratação cresceu 6 pontos percentuais, no segundo trimestre de 2017,  quando comparado com o mesmo período do ano passado e 4 pontos percentuais comparando com o primeiro trimestre deste ano. Mas a pesquisa  realizada pela Manpower Group Brasil, empresa presente no Brasil desde 2000, ainda indica um ambiente de contratação fraco para candidatos a emprego. O estudo realizado entrevistou 850 empregadores no Brasil e 58.293 profissionais em 43 países.

O levantamento mostra que as intenções de contratação para o segundo trimestre do ano, (abril-junho 2017), atingiram o nível de -4% no Brasil, uma vez que as variações sazonais são removidas da base de dados, apresentando crescimento de 6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior e 4 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2017.

Estas perspectivas de contratação são as mais otimistas dos últimos dois anos. A pesquisa no Brasil revela que 15% dos empregadores esperam aumentar o quadro de profissionais nos próximos três meses, 15% antecipam uma redução na equipe e 65% não preveem mudança em sua força de trabalho atual.

“As previsões para o segundo trimestre continuam desapontando, mas temos alguns sinais de estímulo. Por exemplo, a confiança em melhoria na contratação no setor de transporte tem apresentado um crescimento gradual por três trimestres consecutivos. E o setor industrial tem a mais forte previsão desde 2014. É muito cedo para dizer que estes indicadores positivos signifiquem uma reviravolta, mas nós esperamos que o pior já tenha passado. Nos últimos dois anos tivemos muitas dificuldades com relação ao mercado de trabalho, mas temos muitos profissionais qualificados que estão prontos para aproveitar as futuras oportunidades que surgirão. Estamos confiantes que teremos um crescimento nos próximos três meses”, analisa o CEO do ManpowerGroup no Brasil, Nilson Pereira.

“Além disso, aproximadamente dois terços dos empregadores entrevistados disseram que têm planos de manterem sua força de trabalho para os próximos três meses”, destaca Pereira.

A projeção de contratação de profissionais deve se reduzir em seis dos oito setores da indústria e em duas das cinco regiões pesquisadas. No entanto, as intenções de contratação melhoraram em cinco setores e quatro regiões quando comparado ao trimestre anterior, e os empregadores relataram melhora na perspectiva em seis setores e quatro regiões comparando com o mesmo período do ano passado.

Comparação por setores

O mais otimista dos oito setores da indústria pesquisados no Brasil foi relatado pelos empregadores do setor de agricultura, pesca & mineração, com uma margem de 17%, o maior indicador em quatro anos, melhorando 12 e 31 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2017 e segundo trimestre de 2016, respectivamente.

Os empregadores do setor da construção civil relataram os piores indicadores com -21%, apesar de ser a previsão mais otimista deste setor em dois anos. Os planos de contratação deste segmento melhoraram 4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e 2 pontos percentuais quando comparado com o mesmo período do ano passado.

Outro setor que apresentou uma queda acentuada foi a área de finanças, seguros e setor imobiliário que reportou uma perspectiva de -2%, a mais fraca intenção de contratação desde que a pesquisa se iniciou há oito anos. As perspectivas do setor caíram 3 pontos percentuais, tanto em relação ao trimestre anterior, quanto ao mesmo período do ano passado.

Comparações regionais

Quando comparamos regionalmente, o estado de São Paulo apresenta os melhores indicadores com um crescimento de 3 e 8 pontos percentuais, em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, respectivamente.

Os empregadores do estado de Minas Gerais apresentaram crescimento de 8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e 4 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. No Paraná, houve um crescimento de 4 e 7 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, respectivamente.

O pior cenário é no Rio de Janeiro que apresentou uma previsão de queda de -23% para o próximo trimestre, caindo 6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e 4 pontos percentuais a menos quando comparado com o mesmo período de 2016.

Comparações por tamanho de organizações

Empregadores de empresas de grande porte anteciparam melhora na expectativa de contratação para o segundo trimestre, reportando uma previsão de 6%. Por outro lado, empregadores de empresas de outros tamanhos anteciparam um declínio nos níveis de contratação, sendo que o pior cenário foi reportado em micro empresas, com -10%.

Comparações internacionais

O levantamento revela que empregadores de 39 dos 43 países e territórios pesquisados têm intenção de aumentar a folha de pagamento em graus variados no próximo trimestre. Em geral, espera-se que as oportunidades para os candidatos a emprego permaneçam semelhantes aos indicadores apresentados nos primeiros três meses de 2017, com os empregadores, na maioria dos países, sinalizando que devem manter os atuais níveis de empregabilidade ou se envolver em níveis modestos de crescimento da folha de pagamento enquanto acompanham o desenvolvimento de seus mercados.

Os planos de contratação melhoraram, em relação ao trimestre anterior, em 17 dos 43 países pesquisados, caíram em 15 e permaneceram inalterados em 11. Em relação ao mesmo período do ano passado, a pesquisa revela uma ligeira aceleração com indicadores de crescimento em 25 países, enfraquecimento em 14 e permanecendo inalterado em 3. As intenções de contratação do segundo trimestre apresenta mais confiança no Taiwan, Japão, Eslovênia e Índia. As piores previsões são reportadas no Brasil, Itália, Bélgica e Suíça.

EMEA (Europa, Oriente Médio e África): Houve um crescimento na expectativa de contratação em 22 dos 25 países nessa região. Comparando com o trimestre anterior, as perspectivas melhoraram em 12 países, pioraram em seis e não apresentaram mudanças em sete. Já quando comparamos com o mesmo período de 2016, há expectativa de crescimento em 18 países e declínio em apenas seis. Os candidatos a emprego na Eslovênia, Hungria e Romênia terão as melhores oportunidades de contratação da região.

Além disso, empregadores da Eslovênia, assim como seus parceiros da Bulgária, reportaram os planos mais otimistas de contratação desde que a pesquisa foi lançada. As piores previsões são reportadas na Itália, Bélgica e Suíça.

ÁSIA PACÍFICO: A folha de pagamento deve aumentar em todos os oito países da região. Quando comparado com o trimestre anterior, houve um declínio em três países, não houve mudança em quatro e melhora em apenas um. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, espera-se que o ritmo de contratação melhore com margens variadas em quatro países, e declínio nos outros quatro. Pelo segundo trimestre consecutivo, empregadores de Taiwan relataram o maior otimismo da região, enquanto pelo quarto trimestre consecutivo os empregadores da China apresentaram a previsão mais fraca da região.

AMERICAS: Perspectivas positivas são reportadas em nove dos 10 países pesquisados na região. A confiança na contratação se intensificou em quatro países e caiu em seis quando comparamos com os primeiros três meses de 2017. Em relação ao mesmo período do ano passado, as perspectivas de contratação melhoraram em três países, se enfraqueceram em quatro e permanecem inalteradas em três. Pelo terceiro trimestre consecutivo, empregadores dos Estados Unidos reportaram o mais forte plano de contratação das Américas e, pelo nono trimestre consecutivo, os empregadores do Brasil apresentaram os piores indicadores.

Metodologia

A metodologia da Pesquisa de Expectativa de Emprego do ManpowerGroup é conduzida em conformidade com os mais altos padrões de avaliação reconhecidos pelo mercado. A pesquisa é estruturada para respeitar as variações econômicas de cada país. A margem de erro para a avaliação nacional é de +/- 3.9%. A margem de erro da pesquisa no Brasil é de +/- 3,4%.

Expectativa Líquida de Emprego

Ao longo deste relatório, utilizamos o termo “Expectativa Líquida de Emprego”. Essa estimativa representa o valor resultante da diferença entre a porcentagem dos empregadores que preveem aumento e a porcentagem que espera uma diminuição de funcionários no seu local de trabalho para o próximo trimestre. O resultado desse cálculo é a Expectativa Líquida de Emprego. As Expectativas Líquidas de Emprego para países e territórios que têm pelo menos 17 trimestres de dados são aqui relatadas de uma forma ajustada sazonalmente, salvo indicação contrária. Ajustes sazonais foram aplicados aos dados de todos os países participantes com exceção de Portugal. O ManpowerGroup pretende adicionar os ajustes sazonais aos dados portugueses, com a compilação de mais dados históricos. Observe que no segundo trimestre de 2008, o ManpowerGroup passou a usar o sistema TRAMO-SEATS para fazer ajustes sazonais dos dados.

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