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O cenário externo voltou ao centro das atenções diante da possibilidade de um aumento da taxa de juros nos EUA ainda em 2016. O mercado de trabalho vem mostrando uma recuperação significativa com a divulgação da queda nos pedidos de seguro-desemprego.
De acordo com o Professor do Mestrado em Economia e Pesquisador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, Pedro Raffy Vartanian, “uma elevação da taxa de juros nos EUA afeta diretamente os países emergentes, pela reversão nos fluxos de capitais e, adicionalmente, pelos efeitos da política monetária sobre o crescimento da maior economia do mundo.
Por outro lado, e diante de políticas expansionistas praticadas após a crise de 2008, se as taxas de juros permanecerem baixas por muito tempo, os riscos para o cenário inflacionário dos EUA podem se ampliar”. O cenário mais provável, por enquanto, é de um aumento dos juros nos EUA no início de 2017.
No entanto, se a economia estadunidense mostrar um forte crescimento, o FED (Banco Central dos EUA) poderá iniciar o processo de elevação da taxa de juros já no fim de 2016, o que poderá, na opinião de Vartanian “impactar, de forma negativa, o processo de retomada gradual do crescimento econômico no Brasil”.
