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Que mudanças os avanços tecnológicos causarão em nossos ambientes de trabalho, na saúde e no bem-estar dos indivíduos?

*Fábio do Prado

Vivemos em uma época pautada pelo ritmo acelerado dos avanços tecnológicos, por incertezas e complexos cenários. Novas formas de relacionamento, de comunicação e de produção ganham espaço no dia a dia da população. Indústria 4.0, Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Realidade Virtual e Big Data são alguns importantes elementos do mundo digital, altamente conectado, e que busca incessantemente responder aos anseios do presente e do futuro.

Esses avanços tecnológicos, especialmente os disruptivos, irão revolucionar a saúde das pessoas até 2050, quando o planeta deve alcançar a marca dos 10 bilhões de habitantes. Mas todas essas conexões e fluxos de informação impactarão significativamente o modo de vida dos seres humanos, o que nos leva a questionar quais serão as novas fronteiras da ética. Os incríveis avanços tecnológicos deverão ser usados somente para reparar doenças ou poderão “aperfeiçoar” a natureza humana?

As inovações científicas também afetarão o trabalho, que será dividido e segmentado em novas competências, especialidades e atribuições, com desdobramento nas relações trabalhistas e na dinâmica de oferta e demanda profissional. Neste campo, especialistas já discutem quais atividades e empregos teremos no futuro e quem mais se beneficiará ou se prejudicará com essas mudanças.

O que entendemos como bem-estar também deve mudar no futuro. Com o trabalho flexível – desenvolvido em qualquer lugar e a qualquer momento – e longevo, o lazer parcelado e contínuo, e o estudo permanente, será que a divisão trabalho-família e lazer ainda fará sentido? Ou será que o individualismo e a dispersão darão menor espaço ao convívio social?

As respostas para essas e outras questões que inundam nossa percepção do futuro virão de CEOs e presidentes de multinacionais, jornalistas e profissionais visionários, formadores de opinião, que estarão reunidos no Centro Universitário FEI nos dias 16, 17 e 18 de outubro durante a 3ª edição do Congresso de Inovação FEI – Megatendências 2050, que abordará o tema “Tecnologia para uma vida de qualidade além dos 100 anos – trabalho, saúde e bem-estar”.

Voltado especialmente aos alunos e docentes da Instituição, o Congresso é uma das atividades que fazem parte da Plataforma de Inovação FEI, um projeto lançado em 2016 que tem como objetivo estimular e capacitar estudantes, professores e colaboradores para a gestão de processos inovadores e soluções de alto impacto para a sociedade.

O futuro que nos é apresentado, com toda essa tecnologia disruptiva, mudanças de comportamento, está nas mãos dos milhares de jovens que hoje ocupam as salas de aula de universidade do mundo todo, e é com estímulo, práticas pedagógicas e imersão nas tendências mundiais, que esse aluno terá o conhecimento e as ferramentas necessárias para o desenvolvimento da mente inovadora. O estudante não será mais um replicador de conceitos e conteúdos, mas sim o solucionador de problemas reais e protagonista do próprio desenvolvimento.

Neste contexto, nós, os educadores, temos a missão de inspirar, desenvolver as habilidades desses jovens e, sobretudo, orientar suas ações, para que possam elaborar e gerir projetos inovadores de alto impacto social e ambiental. Nossos jovens precisam ser preparados para que reconheçam seus espaços neste novo mercado de trabalho, que sejam agentes transformadores da sociedade e verdadeiros líderes. E não há liderança sem visão, sem ousadia e sem iniciativa. Bem-vindos aos propósitos de nosso congresso.

*Fábio do Prado é reitor do Centro Universitário FEI

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