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Sem tecnologia é impossível crescer

perfilPor Lenilde De León

Como o empresário pode saber o que é melhor para sua empresa se não domina o sistema de funcionamento de sua organização e nem sequer sabe o que estão fazendo os seus concorrentes? Para dar conta desta necessidade, hoje estão disponíveis no mercado inúmeras ferramentas que podem contribuir para uma boa gestão, inclusive das micro e pequenas empresas, ou mesmo dos Microempreendedores Individuais – MEIs.

Para explicar a importância da tecnologia, em especial para os pequenos negócios, o empresário Roberto Lima, da Izphera Sistemas, que, em parceria com os seus sócios Marcos Vinícius e Ulisses Furtado, desenvolveu o Caixa Leve, fala exclusivamente para o Portal Dedução sobre o tema, e destaca: “O empresário deve entender que é preciso ter todas as ferramentas para a gestão eficaz de sua empresa, principalmente se for um pequeno empreendedor, porque sem tecnologia ele não consegue crescer”.

As empresas brasileiras estão acompanhando a evolução tecnológica?

Observamos que hoje no mercado existe uma grande parte de empresas que são extremamente tecnológicas e outra que não acompanha essa evolução. Há empresas onde tudo é automatizado, enquanto outras ainda são manuais (com documentos escritos). Agora é notável observar que todos os negócios que utilizam tecnologia têm um potencial de crescimento extremamente rápido, enquanto os que não utilizam ficam estagnadas.

Falta cultura empresarial para adquirir tecnologia? Ou é o custo que atrapalha?

A cultura precisa ser implantada. Hoje qualquer criança já nasce tecnológica, mas as pessoas mais velhas ainda relutam um pouco. Com relação a valores, a tecnologia no Brasil ainda é cara, porém o valor acaba ficando acessível para quem sabe procurar a ferramenta de maneira correta. O problema é que, quando falamos em tecnologia, o empreendedor já pensa em instalar um sistema local. Porém, atualmente, com o sistema de nuvem tudo fica bem mais acessível ao empresário.

O manuseio da tecnologia dificulta a sua utilização?

Há cinco anos, para mexer em alguma tecnologia era necessário um técnico específico naquela área. Hoje em dia temos uma enorme quantidade de aplicativos que facilitam as coisas, de forma rápida, intuitiva e prática, mesmo em um sistema complexo.

Isso quer dizer que não existe mais a dependência de técnicos?

Em algumas empresas, o setor de Tecnologia da Informação alimenta o sistema, ou o empresário contrata pessoas do próprio sistema que o alimenta. Isso é coisa de sistema local, onde ele é instalado dentro da própria máquina. Agora quando falamos em um sistema Cloud (nuvem) tudo fica mais rápido, pois de qualquer local torna-se possível acessa o computador remotamente, o que facilita o acesso do usuário ao próprio sistema.

Vocês desenvolveram um sistema de gestão nas nuvens, como funciona?

Nosso sistema, o Caixa Leve, foi desenvolvido justamente para as pessoas que não têm muita habilidade tecnológica. De forma simples e direta o empreendedor poderá fazer o acompanhamento do negócio, de onde ele estiver, visto que compreende todo o universo da empresa, como compras, vendas, finanças, tributos e gestão.

Ele pode ser utilizado por empresas de qualquer porte?

Trabalhamos hoje com as empresas optantes pelo Simples Nacional, atendemos aos MEIs e empresas de pequenos e médio porte.

Qual a maior dificuldade das Meis e empresas de pequeno porte?

Nós atendemos desde encanadores, salões de cabeleireiro de pequeno porte, lojas de auto peças, pequenos consultores, empresas de vendas direta e outras e percebemos que a grande dificuldade desses empreendedores  está no controle da parte financeira, do estoque, da venda e a partir disso eles buscam ferramentas de fácil manuseio que os ajudem no seu dia a dia.

Qual risco uma empresa corre por não ter um sistema tecnológico de gestão?

Basicamente ela corre dois riscos: fica estagnada, acaba comprando mais ou menos do que deveria, coisas que o sistema avisaria para não dar errado; ou acaba indo à falência por má gestão, por não saber quanto esta saindo e quanto esta entrando.

Como escolher um software?

Primeiro é preciso atender todas as necessidades da empresa. Primeiro ponto é a parte financeira, que é o coração de todo o sistema. Se isso está bem definido já é um ponto fundamental. Segundo vêm os relatórios, se todos estão bem definidos para se ver a empresa em uma totalidade. E a restrição de módulos, não adianta o empresário comprar um software no qual ele tem direito apenas a X parte do sistema, pois independentemente de seu tamanho é precisa ter acesso a todos os departamentos da empresa, inclusive que avalie o seu crescimento.

Na relação empresário x contador, os contadores têm condição de inserir os empresários nesse mundo tecnológico?

O contador é a raiz da empresa, ela se ramifica e cresce a partir dele. Toda dúvida do empresário relacionada à parte fiscal, financeira acaba sendo direcionada ao contador que é o especialista dessa área. A parte fiscal do sistema ela tem que ser extremamente fácil para o usuário poder emitir sua nota. Por isso ele tem condições de sugerir ao seu cliente os melhores sistemas.

O escritório contábil consegue gerir vários clientes pelo mesmo sistema?

Quem dá o acesso a ele é o próprio cliente. A partir do momento que o cliente faz a adesão do sistema ele tem um campo para inserir o contador, o contador não precisa ter o sistema para conseguir esse acesso.

projeto desenvolvido em parceria com os seus sócios são Roberto Lima, Marcos Vinícius e Ulisses Furtado.

O Marcos Vinicius foi para fora do país, e após um longo período de pesquisa trouxe bagagem suficiente para junto com seus sócios desenvolver um sistema completo fechando todas as lacunas dos concorrentes.

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