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Tratamento diferenciado aos pequenos negócios ganha destaque em Fórum da ABDE

O Fórum do Desenvolvimento, realizado pela Associação Brasileira de Desenvolvimento -ABDE, nesta quarta-feira (17/10), discutiu a falta de linhas de financiamento para as micro e pequenas empresas. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, voltou a criticar a falta de crédito e afirmou que as linhas disponíveis são escassas e concentradas a alguns setores.

Segundo o presidente do Sebrae, é necessário desenvolver ações que não favoreçam apenas um nicho, mas que cheguem a todos que necessitam. “O crédito ficou monopolizado, concentrado, e não chega a quem trabalha. Por isso temos que ter uma política de desenvolvimento e esperamos que o próximo governo dê uma guinada de 180 graus para beneficiar quem produz, que são os pequenos negócios”, ressaltou Afif.

O Fórum foi aberto pelo presidente da ABDE, Marco Aurélio Crocco Afonso, que ressaltou a importância da realização do evento justamente durante a disputa eleitoral. “Esse é um momento especial, onde estamos colocando na pauta a questão do desenvolvimento e do fomento”, observou. Ele destacou ainda a importância da parceria com o Sebrae, a exemplo da representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Maria Netto. “O Sebrae vem colaborando em muitas outras atividades que, para o desenvolvimento, são estratégicas”, destacou a especialista líder da organização.

Debate

Os economistas Paulo Nogueira e Carlos Costa participaram do Fórum, no período da tarde, e debateram sobre os programas dos candidatos à Presidência da República. Ambos concordaram que é necessária a simplificação tributária no país, além de uma política para reduzir as taxas de juros e incentivar a produtividade. “Temos que ter um pacote de medidas para ajudar na redução das tarifas e que incentive o investimento”, afirmou Costa. Ele também defendeu incentivos públicos para a inovação nos negócios, ressaltando que hoje o governo aplica apenas 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor.

Ex-diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado Banco dos Brics, Paulo Nogueira concordou com alguns pontos levantados por Costa. Além disso, defendeu que os pequenos negócios tenham um tratamento diferenciado. “As pequenas empresas são uma fonte importante na geração de emprego e renda e na melhoria da economia”, afirmou, ressaltando que, apesar disso, o segmento ainda não tem sido valorizado. “Há uma desigualdade no tratamento das micro e pequenas empresas. É o caso do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que não dá a devida atenção a elas”, destacou.

Fonte:  Sebrae

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