Tributos chegam a ultrapassar 60% do preço dos produtos das festas juninas

Neste mês de junho, acontecem oficialmente as comemorações juninas. É comum nesta época do ano, encontrarmos quermesses em igrejas, escolas e nos bairros em geral. No entanto, quem pretende prestigiar algum arraial deve preparar a carteira, pois o Leão não dá trégua nem em comemoração dos Santos, tornando as festas de Santo Antônio, 13, São João, 24, e São Pedro, 29,  mais caras por causa dos impostos.

Segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), as bebidas estão entre os itens mais tributados como, o quentão que tem 61,56% de tributos; o vinho quente, com 58,29% e o refrigerante, nas versões lata 46,47% e garrafa 44,55%.

Nas guloseimas mais consumidas nas festas juninas, a incidência tributária é de 36,54% sobre a cocada, paçoca, pé de moleque e amendoim. A canjica tem 35,38% de impostos, a pipoca 34,99%; e o pinhão 24,07%.

Quem  quiser aparecer nos eventos caracterizado de acordo com a época deve desembolsar em um vestido típico ou camisa xadrez, 34,67% de impostos, além do chapéu de palha,  cujo valor  leva aos  cofres  públicos 33,95% em tributos.

De acordo com o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, existe um exagero de tributação no Brasil, os preços de todos os produtos vêm carregados de tributos, até a imagem de um santo é tributada em 41,52%. “Itens básicos de consumo, como pipoca e o pé de moleque também sofrem com a alta carga tributária. O que não deveria ocorrer, já que se tratam de alimentos comuns à mesa do brasileiro durante todo o ano. Essa alta tributação sobre os preços dos produtos impede o consumidor brasileiro de aproveitar melhor as festividades desta época do ano”, comenta o presidente do IBPT.