A taxa de desemprego no Brasil subiu para 11,2% no trimestre encerrado em abril deste ano. Essa foi a maior alta desde janeiro de 2012, quando foi iniciada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, do IBGE. Outro estudo do Instituto revelou que o número de pessoas que trabalham por conta própria no País – considerando as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre – bateu o recorde de 4,6 milhões há pouco mais de seis meses.
A educadora financeira e diretora da Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial, Dora Ramos, explica que ainda que não seja algo unânime, os novos negócios, muitas vezes, estão por trás de um profissional que foi demitido recentemente e encarou o desemprego como um pontapé para tirar os planos de empreender do papel. Para quem também pensa em abrir uma microempresa ou formalizar a atividade que já realiza, a modalidade de Microempreendor Individual, o famoso MEI, é a melhor opção, tanto que já são quase 6 milhões de brasileiros enquadrados dessa maneira.
Para saber se você tem condições de se tornar um MEI, Dora separou algumas dicas importantes sobre a categoria. Confira:
1 – Verifique se a sua atividade é permitida
Hoje são mais de 500 atividades autorizadas, como esteticista, artesão, cabeleireiro e tatuador. O interessado pode verificar a lista completa de serviços permitidos no site www.portaldoempreendedor.gov.br.
2- Pense sobre o faturamento pretendido
Se você almeja um faturamento acima de R$ 60 mil por um período de um ano, o MEI não serve para você. Uma das regras para aderir à modalidade é faturar no máximo essa quantia nos últimos 12 meses, o que representa R$ 5 mil por mês. Claro que o empresário que inicia como MEI pode migrar de opção conforme a sua empresa crescer, mas, se o avanço for a curto prazo, é melhor consultar um contador ou especialista e buscar outra categoria para se formalizar.
3 – Considere os benefícios
Além da regularização, o MEI oferece ao microempresário benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença e aposentadoria. Além disso, é possível obter o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) para, assim, abrir uma conta empresarial e ter mais crédito e facilidades no banco.
4 – Atente-se ao número de funcionários
Se você precisa de muita mão de obra para o seu negócio rodar, preste atenção: o MEI limita o empreendedor a ter apenas um funcionário, que deve receber ao menos um salário mínimo. A boa notícia é que os custos empregatícios são menores. No total, o empregador desembolsará 11% com o FGTS e a Previdência Social do colaborador.
“Agora que você sabe as regras básicas para ser um Microeemprededor Individual, aposte na sua ideia ou no que você faz de melhor, especialize-se constantemente e trilhe um caminho empreendedor de sucesso!”.